domingo, 29 de agosto de 2010

Movimento Pró - Teatro de Arena




Aconteceu hoje, 29/08/2010, no Teatro de Arena de Ribeirão Preto, o movimento Pró - Teatro de Arena. O evento reuniu representantes de diversas áreas artísticas como música, dança, teatro e artes plásticas, em um encontro que resultou em muito maracatu, dança, ciranda, forró, um abraço coletivo no Arena e discussão sobre a revitalização desse espaço tão abandonado e mal utilizado pela população e pela própria classe artística.
Uma manhã linda, com um sol iluminadíssimo, e uma galera realmente decidida a mudar a situação do Teatro de Arena e as ações culturais em Ribeirão Preto!
Mas, infelizmente, o que mais me chamou atenção foi o desinteresse por parte dos próprios artistas de teatro! Triste ver um movimento a favor da revitalização e melhor utilização de um espaço teatral com tão poucos atores envolvidos. Chega a ser vergonhoso... vi lá músicos, bailarinos, artistas plásticos, propondo festivais de teatro e eventos teatrais no Arena... e praticamente NINGUÉM de teatro para dar um parecer. Dava prá se contar o número de atores nos dedos de uma mão só... e não... dessa vez não é exagero! É lamentável, triste, vergonhoso, revoltante... a mesma gente que reclama, reclama, reclama, reclama e reclama da falta de ação cultural na cidade... essa mesma gente que hoje nem se quer passou pelo Arena para ver o que lá estava acontecendo.
E eu (sempre) fico me perguntando.. até quando a nossa "gente de teatro" (que tanto ama e se envaidece da profissão que escolheu) vai continuar agindo como se não fosse seu dever lutar por um maior movimento cultural? É obrigação! Não dá prá exigir uma postura do governo e da população se os próprios artistas cênicos não tomam uma postura! É sempre o mesmo "oba oba"... continuam com o pensamento retrógrado de que ser ator é "sexo, drogas e rock and roll"... querem usufruir do que a cidade oferece culturalmente a eles (que é bem pouco), mas não querem agir para melhorar as condições do próprio trabalho!
Daí quando penso em desistir de tentar mudar qualquer coisa que seja por aqui... me vem uma galera ativa e interessada como a que estava lá hoje.. que também cansou do discurso e resolveu partir para a ação.. sim... um passo.. só um passo bem pequeno numa caminhada longa e cansativa... mas que, tenho certeza, será o primeiro passo de tantos outros mais... se não vai ser pelas mãos dos atores ribeirão pretanos que vamos mudar a situação da cultura da cidade.. que seja pelas mãos dos músicos, dos bailarinos, dos poetas, dos artistas plásticos... que seja com tambores e maracatu... que seja com abraço e malabares... mas que ao menos SEJA!
E foi! E está sendo! E será ainda mais e mais...
Evoé!!!




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(texto retirado do blog http://www.abrindominhasmanias.blogspot.com/ - Por Juliana Andrade)

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Domínio Público - Por Verônica Borges

Matéria Relacionada: Legislação e Produção Cultural - Profª Míriam Fontana

Um dos tópicos que estamos vendo na aula de "Legislação e Produção Cultural" é a questão dos Direitos Autorais. Dentro dessa discussão, surgiram algumas dúvidas sobre quando uma obra passa a ser domínio público. Aqui estão algumas informações que irão ajudar a sanar essas dúvidas e a entender um pouco mais sobre o que é o domínio público.

*Pesquisa feita por Verônica Borges.

Segue:

"
Domínio público, no Direito da Propriedade Intelectual, é o conjunto de obras culturais, de tecnologia ou de informação (livros, artigos, obras musicais, invenções e outros) de livre uso comercial, porque não submetidas a direitos patrimoniais exclusivos de alguma pessoa física ou jurídica, mas que podem ser objeto de direitos morais.

No Brasil
Os direitos autorais (ou direitos de autor) duram por setenta anos contados de 1° de janeiro do ano subsequente ao falecimento do autor. Além das obras em que o prazo de proteção aos direitos excedeu, pertencem ao domínio público também: as de autores falecidos que não tenham deixado sucessores; as de autor desconhecido, ressalvada a proteção legal aos conhecimentos étnicos e tradicionais. [1]

Trabalhos que não podem possuir direitos autorais:
1. Se um trabalho não contiver nenhum novo conteúdo criativo, ele não pode possuir direitos autorais.
2. Se um trabalho foi preparado por um oficial ou funcionário do governo federal dos Estados Unidos, ou do governo estadual da Califórnia, como parte das atividades oficiais da pessoa, então este trabalho não pode possuir direitos autorais e desta forma está no domínio público. Os governos de outros países possuem políticas similares.
3. Se o autor de um trabalho declarou que o trabalho deve ser colocado em domínio público, então o trabalho deve ser utilizado como se estivesse em domínio público. Regras similares são aplicadas a discursos públicos ou manifestos.

Trabalhos não publicados:
4. Se um trabalho nunca foi publicado anteriormente de nenhuma forma, ele é considerado como um "trabalho não-publicado". Alternativamente, se um trabalho foi publicado pela primeira vez em 2003 ou posterior, se ele tiver sido criado antes de 1936, ele ainda é legalmente considerado um "trabalho não-publicado".
5. Se um "trabalho não-publicado" é de um autor conhecido com um ano de morte, então o trabalho está no domínio público se o autor morreu antes de 1936.
6. Se um "trabalho não-publicado" é de um anônimo ou de um autor corporativo, ou se o ano de nascimento do autor não é conhecido, então o trabalho está no domínio público se o trabalho foi criado antes de 1886.

Trabalhos publicados
7. Se um trabalho foi publicado pela primeira vez antes de 1923, então ele está no domínio público em todas as circunstâncias.

Trabalhos publicados nos Estados Unidos
8. Se um trabalho foi publicado pela primeira vez nos Estados Unidos entre 1923 e 1977, e ele foi publicado sem notas de direitos autorais, então ele está no domínio público.
9. Se um trabalho foi publicado nos Estados Unidos entre 1923 e 1963 COM uma nota de direitos autorais, então ele está no domínio público APENAS SE os direitos autorais não foram renovados.
10. Se um trabalho foi publicado pela primeira vez nos Estados Unidos entre 1978 e 1 de Março de 1989, e ele foi publicado sem uma nota de direitos autorais, então eles estão no domínio público somente se o autor não registrou subsequentemente seus direitos autorais.

Trabalhos publicados fora dos Estados Unidos
11. Se um trabalho foi publicado pela primeira vez fora dos Estados Unidos entre 1923 e 1977, e o trabalho não for protegido por copyright em seus país até 1 de Janeiro de 1996, então ele está no domínio público. Isto necessita ser definido analisando-se cada caso.
12. Vários países (como, por exemplo, o Brasil) declaram que materiais como constituições e legislações que sejam de sua autoria não estão sujeitos a direitos autorais. Cada caso necessitará ser verificado individualmente.

Uma análise país a país

Para a análise seguinte, a frase sem tratado indica que os Estados Unidos não possuem um tratado de copyright com este país, então os trabalhos criados pelos residentes deste país não são protegidos por copyright nos Estados Unidos. Vida+X significa que o trabalho está no domínio público se o autor morreu mais de X anos antes do ano atual. Tratado:Vida+X significa que de acordo com um tratado que o país assinou, ele concordou em estender sua proteção de direitos autorais para Vida+X, porém isto ainda não foi feito.
Lembre-se que qualquer trabalho publicado antes de 1923 é considerado no domínio público nos Estados Unidos, independentemente do estado dos direitos autorais no país de origem. Além disso, note que outros países podem mudar suas leis de copyright a qualquer momento, e estas leis podem ser retroativas a trabalhos prévios no domínio público.


•Afeganistão: Antes de 2002, sem tratado. Após 2002, desconhecido.
•África do Sul: Vida+50
•Albânia: Vida+50
•Alemanha: Vida+70 As fotos que não são "trabalhos criativos" vão ao domínio público 50 anos após sua criação ou publicação mais recente.
•Andorra: Vida+70
•Angola: Vida+50
•Arábia Saudita: Vida+50
•Argélia: Vida+50
•Argentina: Vida+50
•Armênia: Os trabalhos publicados na União Soviética antes de 27 de Maio de 1973 não são protegidos pelas Convenções Internacionais de Direitos autorais e estão portanto no domínio público.
•Austrália: Se o autor morreu antes de 1955, seu trabalho está no domínio público.
•Áustria: Vida+70
•Azerbaijão: Os trabalhos publicados na União Soviética antes de 27 de Maio de 1973 não são protegidos pelas Convenções Internacionais de Direitos autorais e estão portanto no domínio público.
•Bahrain: Vida+50
•Bangladesh: Vida+50
•Barbados: Vida+50
•Bélgica: Vida+70
•Belize: Vida+50
•Benim: Vida+50
•Bielorrússia: Os trabalhos publicados na União Soviética antes de 27 de Maio de 1973 não são protegidos pelas Convenções Internacionais de Direitos autorais e estão portanto no domínio público.
•Bolívia: Vida+50
•Bósnia e Herzegovina: Vida+70
•Brasil: Vida+70
•Brunei: Vida+50
•Bulgária: Vida+50
•Burkina Faso: Vida+50
•Burundi: Vida+50
•Butão: Sem tratado
•Cambodja: Vida+50
•Canadá: Vida+50
•Cazaquistão: Os trabalhos publicados na União Soviética antes de 27 de Maio de 1973 não são protegidos pelas Convenções Internacionais de Direitos autorais e estão portanto no domínio público.
•Chile: Vida+50 (Tratado:Vida+70)
•China (R.P.): Vida+50. A fotos vão ao domínio público 50 anos após sua criação.
•Chipre: Vida+50 (Tratado:Vida+70)
•Colômbia: Vida+80
•Coreia do Sul: Vida+50
•Costa Rica: Vida+70
•Costa do Marfim: Vida+99
•Croácia: Vida+70
•Cuba: Vida+50
•Dinamarca: Vida+70
•Djibuti: Vida+25. (Tratado:Vida+50)
•Equador: Vida+70
•Egito: Vida+50
•El Salvador: Vida+50
•Emirados Árabes Unidos: Vida+50
•Eslováquia: Vida+70
•Eslovênia: Vida+70
•Espanha: Vida+70
•Estados Unidos: Veja #Trabalhos publicados nos Estados Unidos acima.
•Estônia: Os trabalhos publicados na União Soviética antes de 27 de Maio de 1973 não são protegidos pelas Convenções Internacionais de Direitos autorais e estão portanto no domínio público.
•Etiópia: Sem tratado
•Fiji: Vida+50
•Filipinas: Vida+50, porém isto é contestado.
•Finlândia: Vida+70
•França: Vida+70
•Gana: Vida+50
•Geórgia: Os trabalhos publicados na União Soviética antes de 27 de Maio de 1973 não são protegidos pelas Convenções Internacionais de Direitos autorais e estão portanto no domínio público.
•Grécia: Vida+70
•Guatemala: Vida+75
•Hong Kong: Vida+50
•Hungria: Vida+70
•Iémen: Aparentemente sem tratado, porém isto é incerto.
•Ilhas Salomão: Vida+50
•Índia: Vida+60 A fotografia vão ao domínio público 60 anos após suas criações.
•Indonésia: Vida+50
•Iraque: Antes de 2004, Sem tratado. Após 2004, desconhecido.
•Irã: Sem tratado
•Irlanda: Vida+70
•Islândia: Vida+50
•Israel: Vida+70
•Itália: Vida+50 (Tratado:Vida+70)
•Japão: Vida+50
•Jordânia: Vida+50
•Kuwait: Vida+50
•Laos: ?
•Letónia: Os trabalhos publicados na União Soviética antes de 27 de Maio de 1973 não são protegidos pelas Convenções Internacionais de Direitos autorais e estão portanto no domínio público.
•Líbano: Vida+50
•Líbia: Vida+25
•Liechtenstein: Vida+70
•Lituânia: Os trabalhos publicados na União Soviética antes de 27 de Maio de 1973 não são protegidos pelas Convenções Internacionais de Direitos autorais e estão portanto no domínio público.
•Luxemburgo: Vida+70
•Macau: Vida+50 As fotografias vão ao domínio público após 25 anos de suas criações.
•Madagascar: Vida+70
•Malawi: Vida+50
•Malásia: Vida+50
•Malta: Vida+70
•México: Vida+100
•Moldávia: Os trabalhos publicados na União Soviética antes de 27 de Maio de 1973 não são protegidos pelas Convenções Internacionais de Direitos autorais e estão portanto no domínio público.
•Mongólia: Vida+50
•Montenegro:
•Marrocos: Vida+50
•Namíbia: Vida+50
•Nepal: Sem tratado
•Nova Zelândia: Vida+50
•Níger: Vida+50
•Nigéria: Vida+70
•Noruega: Vida+70
•Oman: Vida+50
•Países Baixos: Vida+70
•Paquistão: Vida+50 As fotografias vão ao domínio público após 50 anos.
•Panamá: Vida+50
•Papua-Nova Guiné: Vida+50
•Paraguai: Vida+70, porém se um trabalho foi criado no Paraguai e publicado anteriormente sem uma nota de direitos autorais, ele está no domínio público.
•Peru: Vida+70
•Polônia: Vida+70, porém os trabalhos publicados até 23 de Maio de 1994 sem uma nota de direitos autorais clara estão no domínio público.
•Portugal: Vida+70
•Qatar: Vida+50
•Quênia: Vida+50
•Quirguistão: Os trabalhos publicados na União Soviética antes de 27 de Maio de 1973 não são protegidos pelas Convenções Internacionais de Direitos autorais e estão portanto no domínio público.
•República Checa: Vida+70
•Roménia: Vida+70
•Rússia: Vida+70, porém os trabalhos publicados na União Soviética antes de 27 de Maio de 1973 não são protegidos pelas Convenções Internacionais de Direitos autorais e estão portanto no domínio público.
•São Vicente e Granadinas: Vida+50
•Samoa: Vida+75
•São Marino: Sem tratado
•Sérvia: Vida+50
•Seychelles: Provavelmente Vida+25, porém isto não é claro.
•Singapura: Vida+50 (Tratado:Vida+70) Fotografias e tratados governamentais caem em domínio público 50 anos após a sua publicação.
•Sudão: Vida+25 (Tratado:Vida+50)
•Suécia: Vida+70
•Suíça: Vida+70
•Síria: Vida+50
•Tadjiquistão: Os trabalhos publicados na União Soviética antes de 27 de Maio de 1973 não são protegidos pelas Convenções Internacionais de Direitos autorais e estão portanto no domínio público.
•Tailândia: Vida+50
•Taiwan: Vida+50 As fotografias vão ao domínio público após 50 anos.
•Tanzânia: Vida+50
•Togo: Vida+50
•Tonga: Vida+50
•Trinidad e Tobago: Vida+50
•Tunísia: Vida+50
•Turquia: Vida+70
•Turcomenistão: Os trabalhos publicados na União Soviética antes de 27 de Maio de 1973 não são protegidos pelas Convenções Internacionais de Direitos autorais e estão portanto no domínio público.
•Ucrânia: Os trabalhos publicados na União Soviética antes de 27 de Maio de 1973 não são protegidos pelas Convenções Internacionais de Direitos autorais e estão portanto no domínio público.
•Reino Unido: Vida+70
•Uruguai: Vida+50, porém se um trabalho é criado no Uruguai e é publicado pela primeira vez sem uma nota de direitos autorais, o trabalho está no domínio público.
•Uzbequistão: Os trabalhos publicados na União Soviética antes de 27 de Maio de 1973 não são protegidos pelas Convenções Internacionais de Direitos autorais e estão portanto no domínio público.
•Venezuela: Vida+60
•Vietnã: Vida+50
•Zâmbia: Vida+50
•Zimbabwe: Vida+50

"



Obs: A pesquisa mandada pela Vê está sem fonte de referência, assim que ela me mandar eu publico aqui.


Mais informações sobre Direitos Autorais:
http://www.bn.br/ - Site da Biblioteca Nacional




Evoé!!

domingo, 22 de agosto de 2010

Eutonia


Disciplina relacionada: Expressão Corporal II - Prof° Renato Ferreira

Desde o semestre passado estamos estudando em Expressão Corporal algumas técnicas de "Eutonia". Encontrei alguns textos sobre o assunto que podem ajudar a compreender um pouco mais sobre essa técnica, o que ela é, para que serve, qual sua importância no nosso trabalho, etc.

Segue:

"
O QUE É EUTONIA

A Eutonia é uma prática corporal criada e desenvolvida por Gerda Alexander (1908 Wuppertal / Alemanha - 1994 Copenhagem / Dinamarca). A palavra eutonia significa tensão em equilíbrio; tônus harmonioso (do grego eu : bom, harmonioso e do latim tônus: tensão).
O trabalho consiste no uso da atenção às sensações promovendo a ampliação da percepção e da consciência corporal. Um processo em que o aluno acessa a sabedoria que é própria do corpo usando-a a seu favor.
O aluno entra em contato com o tempo do organismo, com os ritmos internos e com o diálogo entre este universo interno (sensações, percepções, emoções, pensamentos) e o externo (o corpo em relação ao espaço, aos objetos, aos outros seres, ao solo, ao ar, aos sons, às forças da Física que atuam sobre o corpo, etc). À medida que conhece o corpo aprende a economizar energia e equilibrar as tensões, reconhecendo suas necessidades de atividade, de descanso e incorporando hábitos saudáveis.
A Eutonia é um caminho preventivo indicado para pessoas de todas as idades já que melhora a qualidade de vida respeitando o ritmo pessoal de cada um. Músicos, dançarinos, atletas, atores, artistas e artesãos se beneficiam muito com a prática, além de crianças, adolescentes, idosos e pessoas com limitações físicas.

No repouso e em movimento o corpo é explorado através da atenção, da auto-observação e do conhecimento da anatomia e fisiologia. Utilizam-se objetos auxiliares variados tais como bolinhas, bambus, sementes, almofadas, pedras, tecidos, etc. para aprofundar a pesquisa.

INDICAÇÕES e BENEFÍCIOS

•Tratamento auxiliar de distúrbios osteomusculares e articulares (artrites, artroses, tendinites; LERs; fraturas; paralisias).
•Questões posturais.
•Estresse.
•Insônia.
•Quadros pré e pós-operatórios.
•Durante gravidez e na preparação para o parto.
•Equilibra as funções vegetativas: sono, respiração, digestão, circulação cardiovascular, circulação linfática.
•Promove profundo autoconhecimento e a percepção da totalidade e integração corpo/mente/espírito.
•Confere autonomia: Os alunos aprendem a assumir a responsabilidade pela própria saúde e bem estar adquirindo os recursos necessários para tal.
•Melhora a qualidade de vida.


PRINCIPAIS TEMAS TRABALHADOS:

Tato Consciente – Trabalho de sensibilização da PELE estimulando os receptores de tato. Torna mais clara a sensação de contorno e a imagem corporal.

Consciência Óssea - O desenvolvimento da consciência óssea é um fundamento da Eutonia que, assim como o tato consciente, está intimamente ligado ao desenvolvimento de uma imagem corporal mais rica tendo grande importância na estruturação das formas do corpo. Os ossos são referências para movimentos, apoios, tamanho, volume e imagem do corpo .

Transporte consciente – Fundamento de muita originalidade. É a conscientização e o uso intencional do endireitamento postural que permite ao homem estar naturalmente em estado antigravitacional. Estimulação e percepção do caminho das forças através dos tecidos do corpo objetivando uma melhor adaptabilidade postural em todas as situações da vida, seja em posturas estáticas ou em movimento, tendo como elemento primordial a relação entre o corpo e o chão. O transporte é desenvolvido através do encontro com a estrutura óssea, a percepção da forma, função e alinhamento dos OSSOS e sua relação com as forças que atuam sobre o corpo. Através do TRANSPORTE CONSCIENTE a musculatura ganha espaço e liberdade para o movimento e o corpo adquire um tônus muscular global mais equilibrado e adaptável à execução das diversas atividades corporais, sejam do cotidiano, sejam nas que requerem um maior grau de habilidade, como a dança, os esportes, etc.

Espaço interno e Volume corporal – Contato com os diversos tecidos do corpo e com o seu funcionamento, a construção da consciência do espaço interno acontece através da sensibilização dos contornos e o preenchimento consciente de seu conteúdo, para isto contamos com os mecanorreceptores presentes na pele e nas articulações que informam a presença e o estado das estruturas corporais. é um trabalho minucioso que auxilia na percepção da tridimensionalidade do corpo. O aluno mantém sua atenção voltada para sentir os tamanhos, a largura, o comprimento, a distância entre partes, as formas, a superfície de apoio no solo e a relação com o espaço.

Contato consciente - O Contato Consciente é o fundamento mais original da Eutonia e pano de fundo para toda a sua prática terapêutica e pedagógica. O Contato Consciente é o contato consigo próprio, com outra pessoa, objeto ou espaço circundante que acontece além dos limites da própria pele, é alcançado pelo fortalecimento do estado de presença da pessoa. Promove harmonização e equilíbrio das tensões superficiais e profundas.

Movimento eutônico – Através da prática da eutonia encontraremos a habilidade de realizar os movimentos de forma a que chamamos “eutônica”. Este é um de seus objetivos fundamentais. Alguns dos aspectos que podem ser observados durante a realização do movimento eutônico são: leveza, precisão, equilíbrio de tônus, expressão pessoal e a preparação para as ações do cotidiano.


- Histórico -

Gerda Alexander, a criadora da Eutonia, nasceu em Wupperthal, Alemanha, no dia 14 de janeiro de 1908.
Cresceu cercada pelo gosto musical de seus familiares, o que certamente a influenciou na escolha de uma formação na escola Dalcroze.
Queria dedicar-se à música e à dança, mas viu-se obrigada desde muito jovem, aos 16 anos, a abdicar dessa idéia, ao ser vitimada por uma violenta febre reumática que teve como conseqüência uma endocardite.
Isto obrigou-a muito precocemente a criar formas de movimento que não alterassem seu rítmo cardíaco e respiratório.Por ocasião da 2ª Guerra Mundial, fixou residência na Dinamarca, onde morou até 1994, ano em que faleceu.
Em 1940 fundou em Copenhagen a Escola de Eutonia onde desenvolveu a sua pesquisa baseada na relação entre economia de esforço e qualidade de movimento, tendo como preocupação o uso adequado do tônus muscular na ação cotidiana.
Este trabalho corporal recebeu, em 1957, o nome de EUTONIA (do grego, eu: bom, harmonioso e do latim, tônus: tensão).A eutonia foi introduzida na América Latina na década de 70, quando Gerda Alexander esteve por duas vezes em Buenos Aires ministrando workshops.
Esta experiência despertou o interesse dos participantes, entre eles Berta Vishnivetz, que se formou em eutonia e exerceu a função de assistente de Gerda Alexander na escola da Dinamarca durante quinze anos.
Atualmente, ela desenvolve pesquisas relacionadas à questão da dor junto à Universidade de Copenhagen.
Berta Vishnivetz criou em 1986 a primeira escola LatinoAmericana de Eutonia em Buenos Aires e iniciou, em São Paulo, a partir de 1990, o primeiro Curso de Formação em Eutonia.
Atualmente, o segundo Curso de Formação em Eutonia é organizado e ministrado em São Paulo por eutonistas brasileiros. "


Artigos relacionados

Eutonia e Percepção: http://www.eutonia.org.br/artigos/rviana.htm
O que é Eutonia: http://www.eutonia.org.br/artigos/tfeitoza.htm


Texto retirado do site: http://www.eutonia.org.br/

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Sobre André, Wally e Jerzy Grotowski



Ontem (sexta-feira), na aula de Interpretação, assistimos ao filme "Meu jantar com André".
O filme trata do diálogo existencialista entre dois amigos (ambos atores - Wallace também dramaturgo e André também diretor) que não se vêem há muito tempo. No encontro, em um sofisticado restaurante em Manhattan, travam uma conversa sobre suas vivências, sobre ideais, sobre sociedade e suas visões sobre o ser humano. André Gregory, melhor sucedido na carreira do que o amigo Wallace, relata suas experiências com diretor polonês Jerzy Grotowski.
Como aprendizes de teatro, creio que uma das coisas que mais nos interessa nesse filme (além, é claro, da profunda análise da relação entre o ser humano e o mundo - mas isso eu acredito ser importante e essencial para qualquer pessoa!) é esse contato com as vivências teatrais de Grotowski. Achei importante então, colocar aqui algumas informações sobre o diretor. São informações bem superficiais, óbviamente, mas que servirão de base para quem se interessar em uma pesquisa mais profunda.

Divirtam-se:


"Teórico, crítico e diretor teatral polonês (11/8/1933-14/1/1999).
Um dos maiores nomes do teatro experimental. Nasce em Rzeszów. Estuda arte dramática na URSS e na Polônia e, com apenas 23 anos, torna-se professor da Escola Superior de Teatro da Cracóvia.
De 1965 a 1984 dirige o teatro-laboratório de Wróclaw, no qual propõe a criação de um teatro pobre, sem acessórios, baseado apenas na relação ator/espectador. Insiste no desenvolvimento da expressão corporal dos atores e dos recursos de voz e modifica o espaço cênico, contribuindo para a renovação da arte cênica contemporânea.

Seu trabalho mais conhecido em português é "Em Busca de um Teatro Pobre", onde postula um teatro praticamente sem vestimentas, baseado no trabalho psico-físico do ator. A melhor tradução de "teatro pobre" seria teatro santo ou teatro ritual. Nele Grotowski leva às últimas conseqüências as ações físicas elaboradas por Constantin Stanislavski, buscando um teatro mais ritualístico, para poucas pessoas. Um dos seus assistentes e responsável pela divulgação e publicação de seus trabalhos é o hoje famoso teatrólogo Eugenio Barba.
O trabalho de Grotowski no teatro se torna uma espécie de busca espiritual, uma confrontação entre o homem e a mitologia. É central em seus escritos e em sua prática a figura do ator "santo".

Montagens (1957-1969)

Em 1958 ele dirigiu sua primeira peça "Deuses da Chuva" adaptada de um romance de Jerzy Krzyszton. Anunciando a notoriedade que ele teria, esta foi uma montagem que causou muita controversia pela forma que ele adaptou o texto. Grotowski anunciava, "Em respeito ao minha atitude com o texto dramático, eu penso que o diretor deve tratá-lo apenas como um tema em cima do qual ele constrói um novo trabalho artístico que é o espetáculo teatral " (em R. Konieczna, "Przed premiera 'Pechowcow'. Rozmowa z rezyserem" / "Antes da estréia de 'O Infeliz' - Uma conversa com o diretor"). Esta abordagem ele iria incorporar em toda sua carreira, influenciando muitos artistas que o sucederam. Ainda no mesmo ano Grotowski mudou-se para Opole onde ele assumiu a direção do Teatro das 13 Fileiras. Local onde ele organizou um conjunto de atores e colaboradores artísticos que iriam ajudá-lo no desenvolvimento de sua visão artística.
Entre as muitas produções as mais famosas foram "Orfeu" de Jean Cocteau, "Shakuntala" inspirado no texto de Kalidasa, "Dziady" de Adam Mickiewicz e "Akropolis" de Stanislaw Wyspianski. Esta última foi a primeira realização completa de sua formulação de 'teatro pobre'. Nela a companhia de atores, representando prisioneiros de um campo de concentração, construíam a estrutura de um crematório em volta da platéia, enquanto representavam histórias da bíblia. Esta concepção teve particular ressonância para o público de Opole, já que o campo de concentração de Auschwitz se localiza apenas a cerca de cem quilômetros de distância. "Akropolis" foi uma peça que chamou muito a atenção e praticamente o lançou internacionalmente.
Em 1964 ele deu seqüência a seu sucesso com a estréia de "A Trágica História de Doutor Faustus" adaptada de um importante autor do teatro elizabetano Christopher Marlowe. Além do uso de poucos objetos na cena, Grotowski orientou os atores a representarem diferentes objetos. Numa cena, onde o papa está presente num jantar, um ator representava a sua cadeira e outro a comida. Estes dois atores também assumiam o papel de Mephistopheles em outra parte da peça, demonstrando o caminho que Grotowski desenvolveu colocando diferentes camadas de significados em suas produções.
Em 1965 ele muda sua companhia para Wrocław com o novo nome de "Teatr Laboratorium" (Teatro Laboratório), em parte para evitar a pesada censura a que os teatros profissionais tinham que se submeter na Polônia daquele tempo.
"O Príncipe Constante " foi sua primeira grande encenação, em 1967, considerada uma das mais importantes encenações do século XX, com descrição detalhada em seu livro "Em Busca...". A interpretação de Ryzsard Cieslak's, no papel título, é considerada o melhor exemplo da técnica de interpretação buscada por Grotowski's. Em fase posterior Grotowski assume um estilo parateatral, explorando o significado do ritual e da performance fora do contexto da obra de arte.
1969 viu a última produção profissional de Grotowski como diretor. "Apocalypsis Cum Figuris" é também mundialmente reconhecida como uma da melhores produçõoes teatrais do século XX. Novamente utilizando textos da biblia, esta produção é reconhecida pelos membros da companhia como uma exemplo típico da interpretação total por ele almejada. Durante o processo de ensaio, que durou três anos, Grotowski abandona as convenções do teatro tradicional e se envereda pelos caminhos de investigação do ritual.
Grotowski revolucionou o teatro e, junto com seu primeiro aprendiz, Eugenio Barba, líder e fundador do Odin Teatret e mentor do teatro antropológico, é considerado um dos mentores do teatro contemporâneo e de vanguarda. Barba foi fundamental na divulgação do trabalho de Grotowski ao mundo no ocidente, rompendo a barreira da burocracia comunista. Barba é editor de Em busca de um Teatro Pobre (1968), no qual Grotowski afirma que o teatro não deveria, porque não poderia, competir contra o espetáculo cinematográfico e deveria se concentrar em sua principal qualidade, os atores que se apresentam a frente dos espectadores.

O "teatro pobre" de Grotowski

Segundo Grotowski, o fundamental no teatro é o trabalho com a platéia, não os cenários e os figurinos, iluminação, etc. Estas são apenas armadilhas, se elas podem ajudar a experiência teatral são desnecessárias ao significado central que o teatro pode gerar.
O pobre em seu teatro significa eliminar tudo que é desnecessário, deixando um ator ou atriz vunerável e sem qualquer artifício. Na Polônia, seus espetáculos eram representados num espaço pequeno, com as paredes pintadas de preto, com atores apenas com vestimentas simples, muitas das vezes toda em preto.
Seu processo de ensaio desenvolvia exercícios que levavam ao pleno controle de seus corpos para desenvolver um espetáculo que não deveria ter nada supérfluo, também sem luzes e efeitos de som, contrariando o cenário tradicional, sem uma área delimitada para a representação.
A relação com os espectadores pretendia-se direta, no terreno da pura percepção e da comunhão. Se desafia assim a noção de que o teatro seria uma síntese de todas as artes, a literatura, a escultura, pintura, iluminação, etc...

Declaração de Princípios

(Editado do texto escrito por Jerzy Grotowski para uso interno no Teatro Laboratório e, em particular, pelos atores que faziam um aprendizado, antes de serem aceitos na companhia, a fim de colocá-los em contato com os princípios básicos do trabalho ali realizado).
O ritmo de vida na civilização moderna se caracteriza pela tensão, por um sentimento de condenação, pelo desejo de esconder nossas motivações pessoais, e por uma adoção da variedade de papéis e máscaras da vida (máscaras diferentes para a nossa família, o trabalho, entre amigos, na comunidade, etc.). Gostamos de ser “científicos”, querendo dizer com isto racionais e cerebrais, uma vez que esta atitude é ditada pelo curso da civilização. Mas também queremos pagar um tributo ao nosso lado biológico, o que poderíamos chamar de prazeres fisiológicos. Portanto, fazemos um jogo duplo de intelecto e instinto, pensamento e emoção; tentamos dividir-nos artificialmente em corpo e alma. Quando tentamos nos livrar disto tudo, começamos a gritar e a bater com o pé, no convulsionando com o ritmo da música. Em nossa busca por liberação, atingimos o caos biológico. Sofremos mais com uma falta de totalidade, atirando-nos, dissipando-nos. (…)
Por que sacrificamos tanta energia à nossa arte? Não é para ensinar aos outros, mas para aprender com eles o que nossa existência, nosso organismo, nossa experiência pessoal e ainda não treinada tem para nos ensinar; para aprender a romper os limites que nis aprisionam e a libertar-nos das cadeias que nos puxam para trás, da mentiras sobre nós mesmos que manufaturamos cotidianamente para nós e para os outros; para as limitações causadas pela nossa ignorância e falta de coragem; em resumo, para encher o vazio em nós, para nos realizarmos. A arte não é um estado da alma (no sentido de algum momento extraordinário e imprevisível de inspiração), nem um estado do homem (no sentido de uma profissão ou função social). A arte é um amadurecimento, uma evolução, uma ascensão que nos torna capazes de emergir da escuridão para a luz.
O que devemos fazer é lutar, para então descobrir, experimentar a verdade sobre nós mesmos; rasgar as máscaras atrás das quais nos escondemos diariamente. (…) A arte não pode ser limitada pelas leis da moralidade comum ou de qualquer catecismo. (…) O ato de criação nada tem a ver com o conforto externo ou com a civilidade humana convencional; quer dizer, as condições de trabalho nas quais as pessoas se sentem seguras e felizes.


Para ele, o teatro tem a missão de romper com o convencional e o estereotipado e revelar o inconsciente coletivo, com seus mitos e símbolos."


Bibliografia

"Em busca de um teatro pobre". Ed. RJ:Civilização Brasileira, 1971; Prefácio de Peter Brook.
"Teatro Laboratório de Jerzy Grotowski", 1959 - 1969. SP:Ed Perspectiva, 2007.

Links de pesquisa:

http://www.algosobre.com.br/biografias/jerzy-grotowski.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Jerzy_Grotowski



P.s:
Pessoas, não deu tempo de corrigir os errinhos de digitação dos textos que coloquei aí.. mas assim que der volto para corrigí-los"rs.


Evoé!!!

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Psicologia da Educação



A disciplina de "Psicologia Aplicada ao Teatro" foi substituída nesse semestre pela disciplina "Psicologia da Educação". Como introdução ao curso assistimos ao filme indiano "Como Estrelas na Terra - Toda Criança é Especial" (Nome original: Taare Zameen Par). O filme trata da trajetória de uma criança que sofre de dislexia e que tem sua vida transformada depois da chegada de um novo professor de artes no colégio interno onde estuda.
Eu queria muito disponibilizar aqui o filme para download.. mas não consegui.
Então.. seguem alguns links sobre o filme e também sobre psicologia da educação.
O site oficial do filme está todo em inglês.. mas tem uns conteúdos bem bacanas, além de ter a trilha sonora para ouvir =)
Divirtam-se!!rs

Site Oficial: http://www.taarezameenpar.com/
"Psicologia Escolar": http://atuarpsicologiaescolar.blogspot.com/
Mais sobre o filme "Taare Zameen Par" (esse site é em português \o/): http://cinemaindiano.blogspot.com/2008/06/taare-zameen-par.html
Trailer no Youtube (se procurarem tem as cenas do filme também... tem o filme todo, mas tem que procurar as versões com legenda em português): http://www.youtube.com/watch?v=64xV9l7O3cg&feature=related



Bom.. por ora é isso.. se até semana que vem eu encontrar mais coisas coloco aqui!!
Evoé!!

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Charlie Chaplin (Charlot) - O Barbeiro

Vídeo referente a disciplina de Improvisação II (Profª Tânia Alonso).

E voltou...

Voltaram as aulas... e o blog... também voltou!
E voltou de cara nova! E vai ficar bem bacana.. assim que eu aprender como se mexe direito com os novos aplicativos!rs
Voltou e vai ter novidades.. principalmente nas atualizações que, pretendo eu, serão mais frequentes.

A primeira novidade é que agora terão mais postagens sobre as aulas.
E para começar deixo na próxima postagem (que será logo logo, ainda hoje) o video de uma cena de Sir. Charles Chaplin. Já que esse semestre estudaremos a questão do silêncio na disciplina de Improvisação II e a Tânia indicou que vissemos alguns filmes e tudo mais... de segunda - feira colocarei alguns videos e textos sobre isso... e também sobre expressão vocal (nossa outra disciplina do dia).

Aos poucos vamos organizando isso aqui...
Hoje vai ficar assim meio confuso mesmo... coisa de começo se semestre... tudo voltando ao normal... ou não!


Evoé!!